Sobre Jair Glass escreveu Carlos Rocha em seu livro “D’ Arte Amante” (1987): “A simplicidade e ternura pessoal de homem da periferia de São Paulo (Guaianazes) contrasta com a tormenta interior que explode em seus desenhos de pequeno formato onde cabem de forma exata seres monstruosos, distorcidos, fantasmagóricos, num cenário de rituais mágicos: símbolos de revolta interior! (…)

Seus desenhos revelam a fraqueza, a fobia, a tara, o misticismo, a sensualidade, a ambição, as ilusões: grande mistério da eterna inquietação do ser humano. Sua arte é séria: não provoca risos! Conduz o expectador a um posicionamento (não importa qual) ao defrontar-se com imagens que habitam o seu próprio “id”. E o menino de arrabalde sorri placidamente, satisfeito com o resultado de sua obra: perplexidade!”